Há suspeita do envolvimento de grileiros e traficantes de armas e drogas.
De acordo com o pecuarista, crimes são cada vez mais comuns na região.
Fazenda teria sido incendiada por traficantes da fronteira
com a Bolívia (Foto: Arquivo pessoal)
A delegacia de Porto Esperidião, distante 358 quilômetros de Cuiabá, está investigando os autores de um incêndio criminoso em uma fazenda, situada no distrito de Vila Cardoso, uma região que fica a apenas 120 quilômetros da fronteira com a Bolívia. A polícia está fazendo perícia no local.com a Bolívia (Foto: Arquivo pessoal)
A fazenda pertence ao pecuarista Geraldo Pilate Alba, de 50 anos. "Saí na terça-feira (17) para resolver problemas burocráticos e quando voltei no dia seguinte, estava tudo queimado", conta Geraldo.
O prejuízo total estimado é de pelo menos R$ 400 mil. A casa onde fica a sede da fazenda, o alojamento dos funcionários, dois barracões, um galpão e todo o maquinário foi destruído pelo fogo.
Ele conta que esta não é a primeira vez que sofreu violência. Há dois anos, o pecuarista teve a casa invadida e foi seqüestrado. Levaram seu carro, R$ 5 mil e duas armas. Ele foi deixado há 15 quilômetros da fazenda, que foi adquirida há 35 anos e herdada dos pais.
"Existem muitos casos de roubo de motos e veículos, tendo como carro-chefe o tráfico de drogas, uma vez que Vila Cardoso está proximo da Bolívia", denuncia.
No dia seguinte, registrou ocorrência na delegacia de Porto Esperidião, pedindo também apoio ao Ministério Público pelo que considerou "uma situação de desmando enfrentado por fazendeiros daquela região". Na ocasião, ele solicitou que o posto do Grupo Especial de Segurança de Fronteira (Gefron) de Vila Cardoso fosse transformado em destacamento policial.
Geraldo Pilate Alba pediu uma investigação profunda sobre o atentado e que os responsáveis sejam presos porque teme novos ataques. Em uma carta entregue às instituições, ele faz um apelo aos deputados estaduais e federais e aos senadores para que "olhem mais para aquela região, porque considera que circula grande quantidade de drogas e armas".
Conforme o pecuarista, a segurança é precária na região. Ele já pediu melhorias à Polícia Civil, mas revela que a corporação conta com baixo efetivo e apenas uma viatura para fazer o policiamento da região.
Sua fazenda fica na divisa com uma área de grilagem, cujo proprietário foi expulso."Existem fazendeiros que moram na região há mais de 40 anos e estão abandonando suas propriedades porque são coagidos", afirmando que não vai deixar o local porque a fazenda é a fonte de sobrevivência de toda a família.
FONTE:G1
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