Estudantes tiraram as roupas em ato e prometem greve geral se não forem atendidos
Martin Bernetti/AFP
Cerca de 8.000 estudantes protestaram nesta quinta-feira (26) em Santiago, capital do Chile, para reivindicar melhores condições de ensino. Os jovens alertaram que, se suas reivindicações não forem ouvidas, será convocada uma greve nacional, marcada para o dia 1º de junho sem duração definida. No ato, alguns dos reclamantes tiraram as roupas para chamar a atenção para os problemas apresentados.
O grupo marchou em uma passeata convocada pela Confech (Confederação de Estudantes do Chile) em direção ao Ministério da Educação, no centro da capital, onde deixaram uma carta destinada ao ministro da Educação, Joaquín Lavín.
Na carta, eles manifestaram o descontentamento perante as propostas educacionais do presidente Sebastián Piñera. O líder do movimento anunciou um projeto de lei para criar um subsecretariado de Educação Superior. Ele propôs avançar em um "novo tratamento com as universidades do Estado", dando sugestões para melhorar as gestões e a competitividade para ingressar nas instituições.
Por sua vez, a presidente da Federação de Estudantes da Universidade de Chile, Camila Vallejo, considerou "necessário regular as universidades privadas e permitir mais flexibilidade aos centros de ensino estatais para que possam se desenvolver".
Os universitários também propõem "um mecanismo de acesso universitário com equidade" e uma reestruturação das bolsas de estudos. Ao entregar a carta, os estudantes receberam outra carta de Lavín, na qual foram convidados a se reunirem com o político nos próximos dias.
Estudantes menores de idade no protesto
De forma paralela, cerca de 2.000 jovens do ensino médio, que não contavam com permissão das autoridades para a manifestação, se reuniram nos arredores da Praça Itália.
Os estudantes tentaram ocupar a calçada, mas, a polícia dispersou o grupo com jatos d'água. Até o momento, foram registradas 27 detenções nos dois protestos.
FONTE:R7
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