Representantes de países ficaram cercados por homens armados.
Presidente iemenita se recusou a assinar acordo para deixar o poder.
Segundo a agência France Presse, apenas o embaixador americano e o mediador do Golfo na crise foram retirados do prédio. De acordo com informações de um diplomata à AFP, os embaixadores do Reino Unido, da União Europeia e de monarquias do Golfo ainda se encontram bloqueados na representação diplomática dos Emirados Árabes Unidos.
Os diplomatas falharam neste domingo ao tentar convencer o presidente iemenita a assinar um acordo que facilitaria sua saída do poder, fazendo dele o terceiro líder árabe destituído por protestos populares. “Nossa tentativa falhou”, disse um dos diplomatas à agência Reuters. O Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), bloco de países vizinhos exportadores de petróleo, mediava o acordo.
Os Emirados Árabes Unidos haviam solicitado neste domingo que o Iêmen garantisse a segurança da embaixada. O apelo foi feito durante uma conversa telefônica que o chanceler dos Emirados Árabes, Sheikh Abdullah bin Zayed al-Nahyan, teve com o ministro das Relações Exteriores iemenita, Abubakr Al Qirbi, mais cedo neste domingo", divulgou a agência de notícias estatal dos Emirados Árabes Unidos.
Manifestantes antigoverno participam de cerimônia do aniversário de reunificação do Iêmen, em Sanaa, neste domingo (Foto: Khaled Abdullah/Reuters)
Segundo a emissora americana CNN, os embaixadores americano, britânico e da União Europeia no Iêmen estavam entre os presos no prédio, rodeados por homens pró-Saleh revoltados com os esforços de mediadores árabes para a saída do presidente. O representante do CCG, Abdellatif Zayani, também estava no edifício.O embaixador dos EUA no país, Gerald Feierstein, informou que os embaixadores da Arábia Saudita, do Kuwait, de Omã e dos Emirados Árabes Unidos também estavam impedidos de deixar a embaixada dos Emirados Árabes Unidos no Iêmen. Feierstein entrou em contato com seus superiores para dizer que estava bem.
O Iêmen vive há três meses protestos e confrontos violentos pela saída do presidente, que está no cargo há 30 anos. A oposição ameaça, inclusive, tirá-lo à força, e já existe pressão de aliados como os Estados Unidos.
Caso Saleh renuncie no prazo de um mês, ele pode receber imunidade contra possíveis processos na Justiça. O governante já havia se recusado a assinar outros acordos e alega que a rede terrorista al-Qaeda se beneficiaria com sua saída.
FONTE:G1
0 comentários:
Postar um comentário