Eles foram presos quando roubavam caixa no centro de Campo Grande.
Polícia acredita que existe pelo menos mais uma pessoa envolvida.
Polícia diz que objetivo era fazer com que o dinheiro
fosse expelido. (Foto: Ricardo Campos Jr.)
Os dois suspeitos de tentarem furtar um caixa eletrônico, presos em flagrante durante a madrugada desta segunda-feira (23) no centro de Campo Grande, usavam uma variedade de equipamentos eletrônicos de alta tecnologia durante a ação.fosse expelido. (Foto: Ricardo Campos Jr.)
Segundo informações da Polícia Civil, eram empregados dois tipos de furadeiras, pedaços de ferro usados como pinças e computadores que “reiniciavam” o sistema da máquina, fazendo com que o dinheiro fosse expelido.
O caso é investigado pelo Grupo Armado de Repressão a Roubos Assaltos e Sequestros (Garras). Segundo o delegado Rodrigo Yassaka, responsável pelo inquérito, o furto começou antes do arrombamento. Ele explica que durante o dia, os bandidos colaram uma fita adesiva na fechadura da porta para evitar o travamento que ocorre durante a noite.
Por volta da meia noite, o suspeito entrou no local portando uma maleta com todo o equipamento. Uma furadeira comum abriu um buraco na parte externa do caixa. Outra, tinha potência para penetrar o aço na parte interna fazendo um furo circular. As pinças ajudaram a puxar os fios que acessavam o sistema da máquina, em que um teclado numérico era conectado. Até mesmo um transformador de voltagem foi usado para ligar toda a parafernália.
Outros equipamentos e pessoas envolvidas
Esses aparatos foram apreendidos pela polícia. Entretanto, acredita-se que um notebook, que não foi encontrado com o suspeito, também seria conectado. Por meio dele, seria possível invadir de fato o sistema do caixa eletrônico.
“Isso leva a crer que existam outros envolvidos. Pode ser uma quadrilha segmentada. A função do suspeito preso era fazer o buraco enquanto outro invadiria o sistema”, disse Yassaka.
Contudo, um alarme soou na central de segurança do banco em São Paulo, anunciando a invasão. A Polícia Militar foi imediatamente acionada. De acordo com o investigador, o sinal é inaudível na agência bancária, por isso, o suspeito não notou que havia sido “descoberto” e acabou preso em flagrante.
Testemunhas alertaram os policiais que havia um veículo do lado de fora para auxiliar na fuga que havia saído do local após a chegada da PM.
Uma viatura que fazia rondas pela região central abordou um utilitário esportivo com placas de São Paulo que tinha uma mulher ao volante.
Inicialmente ela negou envolvimento no furto, mas segundo o delegado, a equipe encontrou uma maleta com outra furadeira e uma lista com endereços de 16 agências bancárias, sendo dez em Campo Grande e as restantes em Cassilândia, Corumbá, Dourados, Ladário, Paranaíba e Três Lagoas. Segundo Yassaka, esses endereços podem ser da mesma instituição bancária que teve o caixa arrombado em Campo Grande.
Esses locais, de acordo com o delegado, seriam os próximos alvos da quadrilha. “Suspeitamos que eles iriam fazer (o furto) no máximo de agências que eles conseguissem na capital e depois iriam para o interior do estado”.
Presos e levados até o Garras, os suspeitos negaram ser um casal. Os dois têm 27 anos, e segundo Yassaka, são de São Paulo. De acordo com o delegado, ainda não há informações se os dois são investigados no outro estado.
Esse tipo de equipamento não é inédito em Campo Grande. “Já faz um tempinho, não me lembro quanto, mas não é a primeira vez”, disse Yassaka.
Os suspeitos devem ser indiciados por furto qualificado pela destruição e concurso de pessoas. A pena para esse crime, segundo a polícia, é de 2 a 8 anos.
FONTE:G1
0 comentários:
Postar um comentário