quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Hospital Walfredo Gurgel consegue driblar problema de superlotação

Em 2008, número de internações chegava a 1.200
Em meados de 2008, número de internações chegava a 1.200. Atualmente o hospital assiste aproximadamente 300 pacientes.

O Hospital Walfredo Gurgel, referência em assistência a politrauma no Rio Grande do Norte, tem conseguido driblar um problema histórico: a superlotação. De acordo com o diretor técnico da unidade, Cláudio Guzzo, o número de internações chegava a 1.200 em meados de 2008. “Temos 270 leitos em todo o hospital. Nessa época, os pacientes nos corredores chegavam a 80”.

Hoje, o hospital assiste uma média de 300 pacientes, tendo diminuído consideravelmente a lotação excessiva. “Essa situação perdura ainda porque não existem leitos disponíveis para a população. Nem mesmo aqueles contratados na rede privada conseguem suprir a demanda”, explica.

Para alcançar a redução dos índices de superlotação, o diretor técnico afirma que a intervenção da Promotoria de Saúde e do Conselho Regional de Medicina (Cremern) foi fundamental. Cada uma das entidades emitiu determinação judicial para que os pacientes não ficassem no corredor ou sem a assistência devida. Agora, o hospital informa ao Ministério Público e ao Cremern boletim com o número de internos e transferidos.

O Conselho, inclusive, tem investigado a questão. Acontece que muitos são transferidos para o HWG sem que a direção do hospital seja contatada. Também há casos de quem chegue sem identificação e não recebam visita de familiares. De acordo com informação da assessoria, um homem nesta situação está internado no Walfredo desde o mês de maio.
Pacientes são transferidos para o HWG
sem que a direção do hospital seja contatada


"Muitas vezes chegam aqui demandas que não são necessariamente nossas, como o pronto-atendimento. Nosso setor de serviço social monitora diariamente as unidades básicas de saúde que estão com médico. Quando chegam esses pacientes, eles são encaminhados para um desses centros. O problema é, em alguns dias, não tem nenhum deles funcionando", o médico critica.

Apesar disso, ele assume que o usuário não tem culpa. Ele procura os centros clínicos que conhece e que lhe passem credibilidade. Se o sistema básico não funciona, eles vão direto ao HWG. Em 2007, conforme afirma Guzzo, a direção do hospital começou um trabalho junto à Promotoria de Saúde para tentar viabilizar o pronto-atendimento.

Antes disso, o pronto-socorro Clóvis Sarinho atendia sozinho cerca de 21 a 22 mil pessoas por mês. “Boa parte desses pacientes poderia ter seus problemas resolvidos em outras unidades de menor complexidade”, conclui. Agora, após o início do projeto, Guzzo estima que este número tenha caído para 10 mil.

Apesar disso, a maior demanda do hospital é para a clínica médica. Pela quantidade, estes pacientes terminam por ocupar os espaços destinados ao pronto-socorro. Para evitar superlotação, o diretor preza pela rotatividade e pela diminuição do tempo de permanência média do paciente. O intuito é não fazer os pacientes esperarem muito por atendimento ou realização de exames, dando agilidade ao processo.

Além disso, aqueles que vêm transferidos do interior são tratados e então encaminhados às suas cidades de origem – isto é, quando elas possuem centros de saúde que possam se encarregar do restante do tratamento. “Nossas vagas são ocupadas de forma quase igualitária entre pessoas da capital e da Região Metropolitana e demais localidades”, informa Guzzo.

Com estas medidas, o médico espera que a superlotação diminua ainda mais. Este é um problema crônico do Walfredo Gurgel, que sofreu piora com a greve dos clínicos gerais deflagrada no início deste ano. Espalhados pelos corredores, eram comuns pacientes com fraturas, esperando por cirurgias, com paralisação de órgãos e até passando por traumas neurológicos como Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Na época, a promotora de Saúde Iara Pinheiro resolveu investigar o caso e emitiu determinação judicial para que os corredores fossem esvaziados. A questão, à época, era se o HGW conseguiria mantê-los assim.

Iara Pinheiro, promotora de Saúde
Sendo este um desafio constante, Guzzo estima que a maior meta do hospital será conseguir se dedicar ao atendimento de politraumas. “Aqui em Natal, todos os hospitais gerais realizam todo tipo de atendimento.

Uma das propostas da Sesap (Secretaria Estadual de Saúde Pública) é especializar o atendimento, de forma que as unidades tenham um melhor aproveitamento”, sintetiza. Além disso, ele defende que o Walfredo não fosse o único a realizar determinados procedimentos na área de politrauma.
Fonte: nominuto.com

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